quarta-feira, 28 de maio de 2008

"Não me chame de Júnior!"

Depois de um período maravilhoso de férias (onde tive direito a completar 31 anos, tropeçar e me estabacar no chão, conseguir um ótimo estágio voluntário numa produtora, estar em dia com meu curso de 3D e relembrar os tempos de adolescente quando eu ainda não tinha carro) estou de volta ao mundo dos Posts. E, quis voltar em grande estilo. Foram vários filmes que vi nesse mês de férias e que serão comentados em breve (Dan, aguarde pelo comentário sobre "Homem-de-Ferro" e "Speed Racer") mas esse filme, em especial, merece ser o primeiro a ser comentado.

Em 1981, o cinema apresentou um personagem que iria revolucionar a fórmula dos filmes de ação. Seu nome: Henry Jones Jr. Mas nunca o chame assim, afinal ele prefere ser conhecido por seu apelido: Indiana Jones, ou simplesmente Indy. O filme era "Caçadores da Arca Perdida" e com ele fomos levados às aventuras do arqueólogo Dr. Jones, nos anos 30, para impedir que os Nazistas se apoderassem da "Arca da Aliança", uma relíquia onde supostamente Moisés teria guardado as tábuas com os 10 Mandamentos.

Seguiu-se a este filme "Indiana Jones e o Templo da Perdição" e "Indiana Jones e a Última Cruzada", onde o arqueólogo continua suas aventuras protegendo relíquias contra grupos inescrupulosos que querem usá-las para dominação. Enquanto que no segundo filme, Indy se depara com uma seita satânica, no terceiro filme os vilões são novamente os nazistas. Ambas histórias ainda se passavam na década de 30, o que dá um charme todo especial ao filme (mostrando uma fabulosa direção de arte e figuinos para retratar a época).


Imagem conseguida no site IMDB.com


Agora, 19 anos depois das últimas aventuras, chega ao cinema o quarto filme da 'franquia': "Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal". Não se assustem com o título e nem pensem que a Xuxa tem alguma coisa a ver com a história: o filme é pura diversão, no velho estilo de Indy mas com uma roupagem diferente. O tempo passou para o Herói e para nós, e desta forma nada mais correto que ambientar a história em plena década de 50, no auge da chamada "Caça às Bruxas" que o governo americano declarou contra os chamados "comunistas". A tensão da época é visível em muitos momentos do filme. E como não poderia deixar de ser, os vilões desta vez não são os nazistas, derrotados anos antes na Segunda Guerra Mundial, e sim os soviéticos, afinal, estamos em plena Guerra Fria.

A alguns posts atrás, comentei sobre minhas expectativas para este filme e, acreditem, não me decepcionei. O filme é muito divertido! Ação, comédia e muita aventura. A direção de arte continua fabulosa, o elenco está excelente e Indy vai fazer algumas boas descobertas tanto em nível profissional quanto em nível pessoal. O filme mantém o clima dos anteriores, mas não os supera. Na minha lista de favoritos, tanto o primeiro quanto o terceiro continuam sendo os melhores.

As mulheres sempre foram uma constante nos filmes do arqueólogo, a ponto de serem chamadas de "Indy Girls" numa comparação clara com as "Bond Girls" dos filmes do agente 007. No segundo filme temos a loiraça Willie (interpretada pela atual 'sra. Spielberg' Kate Capshaw) e no terceiro a belíssima Dra. Elsa Schneider (interpretada por Alison Doody), ambas de alguma forma, marcantes na vida do arqueólogo. Mas nenhuma tão marcante quanto a bela Marion RavenWood de "Os Caçadores da Arca Perdida" (interpretada por Karen Allen). Com seu sorriso encantador, muito carisma e uma grande disposição para se meter em encrencas, Marion novamente entra de forma inusitada na vida de Indy e mostra que não é do tipo "donzela em perigo". Em contraponto a ela, temos Cate Blanchet vivendo a vilã Irina Spalko, uma cientista russa em busca de um segredo que pode aumentar e muito o domínio soviético. Cate está brilhante, com uma postura excepecional e um sotaque pra lá de crível. Observem a frieza do olhar dela, em contraposição com sua beleza e agilidade.


Imagens conseguidas no site IMDB.com


Ainda no elenco, temos John Hurt (que recentemente interpretou o Dr. Broom no filme "Hellboy" ) como um arqueólogo amigo do Dr. JOnes, Ray Winstone (o ator por trás de Beowulf - inacreditavel!) e Shia LeBeouf (recentemente visto em "Transformers" e "Paranóia") que faz o papel de um jovem típico da década de 50 (o pente à mão é tão importante quanto o canivete!)

Enfim, "Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal" é uma reunião de velhos amigos: Steven Spielberg dirigiu e George Lucas escreveu e produziu. Além claro de Harrison Ford, reprisando novamente o papel de Indiana Jones e mostrando que ainda tem fôlego para encarar o chicote e usar o chapéu deste que se tornou o arqueólogo mais famoso da história do cinema.


Imagem conseguida no site IMDB.com

sexta-feira, 11 de abril de 2008

Post Scriptum ou simplesmente, P.S.

Há um bom tempo atrás, quando ainda não existia a maravilhosa tecnologia de envio de mensagens digitais, o comum era escrever a mão cartas ou, em alguns casos, datilografá-las. Em muitas ocasiões, após assinar a missiva (uia, que chique! falei difícil) algumas pessoas lembravam que ainda precisavam dizer algo importante. E para isso acrescentavam ao final da carta mais um texto. Esse texto é chamado de 'pós-escrito' ou em latim "post scriptum", de onde originou-se a sigla P.S. Em épocas digitais, o uso do P.S. é algo enfático ou, em algumas mensagens, cômico. Tenho amigos que faziam 'concursos' para ver quem escrevia mais P.S.'s ao final dos e-mails. Independente da razão, ver um P.S. ao final de uma mensagem nos chama a atenção para algo.

O que dizer então de um texto finalizado com "P.S. Eu te amo"? Será que foi enfático? Será que foi por que a pessoa esqueceu de mencionar isso anteriormente na mensagem? Ou simplesmente a pessoa colocou esse texto ali para encerrar sua mensagem e fazer suspirar a pessoa que a recebeu? Em qualquer dos casos, ler um "P.S. Eu te amo" ao final de uma mensagem faz sorrir até mesmo as pessoas mais carrancudas, mesmo que seja um sorriso discretíssimo, quase interno.


Imagem conseguida no site IMDB.com


É com a tônica de nos fazer suspirar que o filme, "P.S. Eu te amo" chegou aos cinemas no ano passado. A hitória é fantástica, bonita e emociona e nos faz rir. O filme mistura drama, romance e comédia nas doses certas. E envolve o público, nos cativando e nos fazendo esperar ansiosamente pela leitura das próximas cartas. Cartas essas que vão conduzir a vida de Holly Kennedy (Hillary Swank, duplamente oscarizada por "Meninos não choram" e "Menina de Ouro") após o falecimento precoce de seu marido Gerry (interpretado por Gerard Butler de "300", "O Fantasma da Ópera"). Sem estragar a supresas do filme, mas Gerry já sabendo de seu estado terminal, deixou algumas cartas escritas para Holly, cartas essas que tem a finalidade de ajudá-la a superar sua morte. É como a frase da música "Love in The Afternoon" de Renato Russo: "Eu aprendi a ter tudo que sempre quis, só não aprendi a perder". Quando não temos mais alguma coisa, dificilmente sabemos lidar bem com isso. E é essa a jornada de Holly: reaprender a viver.

Entre flashbacks precisos, tentativas de superação, noites em claro chorando pelo amor perdido, situações cômicas, e a expectativa pelas cartas de Gerry, Holly vai tentando reconstruir sua vida com a ajuda de suas amigas Denise (Lisa Kudrow, a Phoebe do seriado "Friends") e Sharon (Gina Gershon de "Show Girls" e "A Outra Face"). Além delas, acompanham Holly nesse momento difícil sua mãe Patricia (interpretada pela sempre ótima Kathy Bates - de "Louca Obsessão" e "Titanic"), o garçom Daniel (Harry Connick Jr, de "Copycat" e "Independence Day") e o músico William (Jeffrey Dean Morgan do seriado "Supernatural" e que está na aguardada adaptação da história em quadrinhos "Watchmen"). O filme é dirigido e roteirizado por Richard LaGravenese (roteirista de "As pontes de Madison" com Meryl Streep, "O Espelho tem duas faces" com Barbra Streisand e Jeff Bridges e "O encantador de cavalos" com Robert Redford e Kristin Scott Thomas). A trilha sonora é deliciosa, com destaque para a música "Love you 'till the end" do grupo Pogues.

Enfim, "P.S. Eu te amo" é um filme sobre relacionamentos, sobre vida e sobre o que fazemos quando somos confrontados pela perda. Não é um filme que vai mudar o mundo, mas que com certeza vai fazer com que quem o assista fique com um sorriso bobo ao final do filme, imaginando que ainda vale a pena viver e amar. Falar mais além disso é estragar as surpresas do filme, porque, afinal, às vezes só há mais alguma coisa a ser dita: P.S. Eu te amo.

sexta-feira, 4 de abril de 2008

Nada além do dia de hoje

Depois de duas semanas sem postar, quero falar de um filme que é uma celebração à vida. Passei por uns maus bocados há uns dias e ainda estou um pouco abalado com a situação, mas há coisas que acontecem para nos fazer perceber o quanto é bom estarmos vivos. E eu amo estar vivo! Vamos ao filme...

Um grupo de moradores prestes a ser despejados de seus apartamentos. Um ex-morador, agora casado com a filha de um rico empresário, comanda a 'derrocada' do local e o início da construção de um projeto gigantesco que derrubará os prédios. Um bando de artistas jovens, perdidos em suas inspirações e anseios enquanto tentam arrumar dinheiro para pagar o aluguel. No ápice disso, as relações entre um grupo de pessoas ligadas pela amizade e pelo amor à arte independente e à boemia. Alerta para a epidemia de AIDS que estava alcançando seu auge. Junte todos esses ingredientes e você tem um dos filmes mais bacanas de 2005.


Imagem conseguida no site IMDB.com


"RENT - Os boêmios" é baseado num musical de teatro e mostra luta pelo amor, pela vida sem preconceitos, por ideais de juventude, pelo prazer de se estar vivo, para sobreviver, para pagar o aluguel e as contas. Misturando comédia e drama em doses iguais, "RENT" tem o mérito de fazer uma apologia ao lema "viva intensamente" mas sem fazer discursos demagogos ou cheios de idéias pré-concebidas, mostrando um lado consciente das consequências dessa fome de viver: falta de dinheiro para realizar sonhos, frio, fome, fácil exposição a vícios que podem sair do controle e o risco de contrair doenças, como a AIDS. E mesmo mostrando isso, "RENT" não cai no discurso moralista, nem "politicamente correto". O roteiro não condena seus personagens por terem vivido ou por serem que são. Mas também não diz que as atitudes deles são as certas. O filme mostra pessoas, não heróis, nem modelos a serem seguidos. A mensagem do filme é clara e simples: viva com amor. Ame a vida! A música de abertura é incisiva nesse aspecto: "como se mede um ano? Em amanheceres, em pores-do-sol, em meia-noites, em copos de café, em polegadas, em milhas, em risadas, em 525 600 minutos... Que tal medir em AMOR? Estações de Amor". E mesmo sendo um filme que também fala sobre sexualidade não há nudez, nem cenas de sexo, e ainda assim entendemos que os personagens têm desejos, sofrem, amam, e precisam ser amados. Amor sem barreiras de sexualidade, sem preconceitos, sem medo de ser mostrado.

A história começa na véspera de Natal de 1989 e acompanha um ano na vida de Mark, Roger, Mimi, Collins, Angel, Maureen e Joanne. Amigos que dividem os anseios da vida adulta, que se viram como podem para sobreviver em um mundo que os condena. Amigos que querem amar e viver intensamente, mas esbarram em relacionamentos complicados, ciúmes, drogas, AIDS e a constante ameaça de serem despejados, e, ainda assim, em suas vidas há espaço para tudo e todos, inclusive para celebrar "la vie bohéme" cantada e alto e bom som numa das cenas mais contagiantes do musical.


Imagem conseguida no site IMDB.com


"RENT" é uma experiência fabulosa. A direção inspirada de Chris Columbus (fã assumido do musical) funciona perfeitamente bem com um elenco que tem uma química contagiante. Detalhe: o elenco conta com quase toda a 'trupe' do espetáculo original. Anthony Rapp que interpreta Mark vai guiando toda a história. Depois que sua namorada Maureen (Idina Menzel) o deixou para viver um romance com Joanne (Tracie Thoms), Mark fica em busca de uma inspiração mas sempre pronto a ajudar a ex no que for necessário. Mark divide apartamento com Roger (Adam Pascal) um ex-cantor de rock que luta para compor uma canção de sucesso enquanto lida com o fato de ser soropositivo e com o amor pela vizinha Mimi (Rosario Dawson). Essa por sua vez, é dançarina em uma boate e parte com tudo em busca do amor de Roger, pelo qual está muito apaixonada. Nesse intervalo, ao voltar para casa depois de passar um tempo vivendo em outro estado, Tom Collins (Jesse L. Martin) conhece Angel (Wilson Jermaine Heredia) que o socorre após um assalto e com isso eles acabam se apaixonando. Tom é amigo de Mark e Roger, e num passado não muito distante, dividiam apartamento com Benjamim (Taye Diggs) que após se casar com a filha de um rico empresário, assumiu a missão de retirar todos os moradores da área, para derrubar os prédios e montar um complexo artístico, deixando todos os atuais moradores entregues à própria sorte. Entre protestos, amores, falta de dinheiro, esses personagens vivem suas vidas da melhor forma que conseguem, lutando para ser felizes.


"There's only now, there's only here
Give into love, or live in fear.
No other path, no other way. No day but today!
There's only us, there's only this,
Forget regret, Or life is your to miss,
No other road, No other way, No day but today!"


"Só existe o 'agora', só existe o 'aqui'
Se entregue ao amor ou viva com medo.
Não há outro caminho, não há outra maneira, não há outro dia a não ser o de hoje!
Só há o 'nós', só há o 'isto'
Esqueça o arrependimento ou sua vida será desperdiçada,
Não há outra estrada, não há outra maneira, não há outro dia a não ser o de hoje!"


Imagem conseguida no site IMDB.com

quinta-feira, 20 de março de 2008

Não se esqueça de mim

Imagem conseguida no site IMDB.com


Tem um dito popular que afirma que as pessoas entram e saem das nossas vidas e sempre deixam suas marcas, maiores ou menores. Lembro de quantas pessoas foram colegas meus de escola, mas com os quais nunca conversei, ou nunca tive a chance de ser amigo (ou não busquei essa chance) e acabaram simplesmente passando. Hoje imagino quanta coisa poderia ter aprendido ou quantas pessoas legais deixei de ter no meu ról de amizades por causa disso.

Numa época onde tudo são descobertas, onde temos pressa de crescer e participar do mundo, acabamos não enxergando as pessoas que estão ao redor, e nos fechamos em "grupinhos" por afinidades ou então nos isolamos de tudo. E quando somos obrigados a confrontar as diferenças nos vemos amendrontados de desconbrir (ou revelar) nossos pequenos defeitos e angúsitas. É com esse espírito de descobertas, que o filme "Clube dos Cinco" chegou ao cinema em 1985 e conquistou o público jovem, mostrando sem pieguices a adolcescência através do ponto de vista de um grupo de jovens totalmente diferentes entre si (ou será que eram mais parecidos do que imaginavam?).

A história é bem simples: cinco jovens são obrigados a cumprir detenção na escola, durante um sábado inteiro. Confinados numa sala, e sob a surpevisão do diretor, os 5 são obrigados a escrever uma redação sobre suas atitudes. Cada um dos 5 tem uma razão para estar ali. E cada um dos 5, sem saber, vai fazer a diferença na vida dos outros que ali estão. O que em principío poderia cair num estereótipo gigantesco, acaba se tornando uma análise muito forte da personalidade dos 5 já que o filme todo é baseado na relação que se desenvolve entre eles no período em que estão detidos na escola. São 5 jovens cada um com uma mentalidade diferente, uma história de vida diferente e que são obrigados a confrontar suas realidades e expor-se perante os outros. E essa exposição ocorre de forma tão espontânea (com diálogos fabulosos!) que somos carregados nessa análise e acabamos nos identificando com um, dois e - em alguns casos - com os 5 personagens centrais: uma patricinha, um rebelde, um nerd, um atleta e uma garota-estranha.

O elenco - formado por Emílio Estevez (o atleta), Molly Ringwald (a patricinha), Anthony Michael Hall (o nerd), Judd Nelson (o rebelde) e Ally Sheedy (a estranha) - dá um show ao protagonizar diálogos tão sinceros, que em alguns momentos, acreditamos que eles não estão interpretando. Mérito do diretor e roteirista John Hughes. Os conflitos iniciais que esse confinamento impõe aos jovens acabam caindo por terra à medida em que eles vão baixando sua guarda e revendo seu modo de agir e as razões pelas quais cada um foi detido. É engraçado e é comovente. A música tema do filme "Don't you forget about me", da banda Simple Minds, até hoje é um considerada um hit dos anos 80.



Imagem conseguida no site IMDB.com

sexta-feira, 14 de março de 2008

Medo de Dormir

Imagem conseguida na Wikipedia

Se você viveu a década de 80 e gosta pelo menos um pouquinho de filmes já ouviu falar com certeza em Freddy Krueger. O famoso assassino dos sonhos fez seu debut na tela grande no filme que se tornou sucesso imediato "A Hora do Pesadelo".

O filme, lançado em 1984, mostrava uma cidadezinha americana chamada Springwood onde um grupo de adolescentes era assombrado por pesadelos com um homem disfigurado usando uma luva com lâminas. O único detalhe é que os adolescentes quando feridos em seus pesadelos acordavam feridos também, tornando o horror de dormir muito mais real. Com isso, se forma uma onda de adolescentes lutando para não dormir.

O título original do filme "Nightmare on Elm Street" (Pesadelo na Rua Elm) já nos dava a idéia de que havia uma ligação entre os adolescentes. Mais especificamente, entre os pais destes: no passado, os pais revoltados de Springwood mataram Freddy Krueger, um assassino de crianças que foi inocentado pela justiça (através da artimanha de advogados corruptos). Com a absolvição de Krueger, os pais queimaram o assassino vivo e o mesmo jurou vingança. A vingança vem com o assassinato dos filhos deles e no único lugar onde os pais não podem protegê-los: em seus sonhos, ou melhor, pesadelos.


Imagem conseguida no site Rubbermugs


Logo criou-se uma franquia, onde o obejtivo era explorar o máximo possível o visual 'gore' das mortes causadas por Kruegger e a idéia bacana do primeiro filme meio que se perdeu em um tom de comédia que permeou a série. E valia tudo para atrair o público ao cinema, até mesmo fazer um filme cujos últimos 20 minutos foram feitos para ser assistidos com óculos "3D". Dos 8 filmes, os mais bacanas são o primeiro, o terceiro, o quarto e o sétimo (respectivamente "A hora do Pesadelo", "A hora do Pesadelo 3 - Guerreiros dos Sonhos", "A hora do Pesadelo 4 - Mestre dos sonhos" e "Novo Pesadelo"). Além dos filmes o personagem ganhou uma série de TV, histórias em quadrinhos e até jogos de video-game, tamanho era o "carisma" do mesmo. O ator Robert Englund (o homem por trás da maquiagem) se tornou uma celebridade, e Kruger é até hoje seu papel mais marcante.

No decorrer dos filmes acabamos descobrindo muitas coisas a respeito de Freddy: o mesmo era filho de Amanda Krueger, uma noviça que foi trancada acidentalmente em um manicômio onde passou dias em poder dos loucos e foi estuprada dezenas de vezes. Quando foi encontrada, a moça estava grávida e muito perturbada mentalmente. O garoto foi levado para um lar adotivo onde sofria abusos por parte do dono da casa (interpretado pelo roqueiro Alice Cooper) e era vítima da "crueldade infantil" de seus 'coleguinhas' de escola (os futuros pais justiceiros que o queimaram até a morte). Quando adulto, Freddy, casado e com uma filha, trabalhava na usina de força da cidade e tinha o hábito de levar criancinhas para "brincar" ali, onde ele as matava com requintes de sadismo (reflexo de toda a crueldade que sofreu na infância nas mãos dos pais daquelas crianças). Toda essa história é contada nos filmes, e parte que se refere ao julgamento e vingança dos pais é mostrada no primeiro episódio da série de TV (salvo engano, o nome em português do episódio é "Nunca mais um bom rapaz").

Além das criativas cenas de morte, algumas muito engraçadas como a menina que se transforma numa barata antes de ser morta, Uma das coisas marcantes nas histórias era a presença de criancinhas vestidas de branco, pulando corda e cantando a musiquinha que resumia bem o espírito do filme:


"One, Two, Freddy's coming for you
Three, Four, better lock your door
Five, six, grab your crucifix.
Seven, Eight, gonna stay up late.
Nine, Ten, never sleep again"

"Um, Dois, Freddy vem te pegar
Três, Quatro, é melhor trancar a porta
Cinco, seis, agarre seu crucifixo
Sete, oito, fique acordado até tarde
Nove, Dez, nunca mais durma de novo"



Há rumores de que vão fazer um "remake" do primeiro filme. Tomara que não o estraguem!

quarta-feira, 12 de março de 2008

Círculo da Vida

Dia 12 de março! E quanta coisa acontecendo hoje: Isadora, minha afilhadinha está completando 4 aninhos de idade, e uma amiga muito querida está prestes a ter seu primeiro filho. Um parto antecipado pela "pressa" do bêbe em nascer. Em homenagem a elas, o post de hoje vai ser sobre crianças e bêbes, criaturinhas que nos impressionam a cada dia e que, por mais que tenham suas fases "chatas", são um presente de Deus aos pais e padrinhos. :D

Então, ao invés de falar sobre um filme especificamente, vou fazer aqui uma lista de filmes que me marcaram de alguma forma e que falem sobre crianças (de todas as idades) e sua relação com os adultos (de todas as idades também!).


Imagem conseguida no site IMDB.com

1) "Olha quem está falando" - uma comédia que surpreendeu muitas pessoas por mostrar o ponto de vista de um bebê recém-nascido, suas impressões sobre os adultos que o cercam, sua forma (muito bem-humorada) de lidar com o mundo que o cerca. Filme com Kirstie Alley, John Travolta, Olympia Dukakis e Bruce Willis, dublando o bêbe Mikey.


Imagem conseguida no site IMDB.com

2) "Mentes que Brilham" - a história de Fred Tate, um garotinho que se vê dividido entre ser uma criança normal ou um pequeno gênio. O filme mostra o "duelo" entre a mãe interpretada por Jodi Foster - que acredita que o filho precise ter uma infância normal, com brinquedos e festinhas, e todas as oportunidades que ele necessite - e a professora interpretada por Diane Wiest que acha um desperdício não aproveitar todo o potencial de Tate e prefere que o menino seja estimulado em toda sua capacidade intelectual.


Imagem conseguida no site IMDB.com

3) "A Malandrinha" - Curly Sue é uma garotinha que vive de pequenos golpes com Bill Dancer (James Belushi) e que vê seu mundinho sacudido ao aplicarem um golpe em uma milionária Grey Ellison (Kelly Linch) que conquista o coraçãozinho da pequena. Enquanto Bill acha que será melhor deixar a garotinha para que Grey tome conta, Curly Sue tem outros planos e acaba usando todo seu encanto infantil para acertar a vida desses adultos.


Imagem conseguida no site IMDB.com

4) "Peter Pan" - é uma história fabulosa sobre o medo das crianças de se tornarem adultas e perder a magia da infância. Após descobrir que terá que ser educada como uma mocinha de sua época, e com isso deixar de lado as brincadeiras, Wendy Darling encontra Peter Pan, o menino que nunca envelhece e, junto com seus irmãos Michael e John, viaja voando para a Terra do Nunca, local cheio de aventuras. Foram várias as adaptações dessa história. A mais recente contava com Jeremy Sumpter como Peter Pan, Rachel Hurd-Wood como Wendy Darling e Jason Isaacs (o Lucius Malfoy da série de filmes "Harry Potter") no papel duplo de Sr. Darling e do famigerado Capitão Gancho.


Imagem conseguida no site IMDB.com

5) "Parenthood - O tiro que não saiu pela culatra" - um filme para pais e futuros pais. A história da família Buckman e a relação entre eles e seus conjuges e filhos. O título "Parenthood" se refere exatamente à fase da paternidade/maternidade e a sensação de ter sempre que estar no controle de tudo quando a coisa que mais se quer é voltar a ter alguém tomando conta de nós. O filme mostra pais que acham que os filhos tem que ser campeões em tudo, pais que não conseguem dialogar com os filhos, pais descobrindo que os filhos cresceram, pais que tentam ser o melhor para os filhos, e pais que também são filhos. Ao contrário do subtitulo em português "o tiro que não saiu pela culatra" e por mais que seja uma comédia, o filme tem momentos emocionantes e que nos fazem refletir sobre nossa relação com nossos pais e, com os filhos - no caso dos que já são papais e mamães.

Encerro esse post com um PARABÉNS para Wendy e Tiago que estão inciando hoje a aventura de criar um filho! :) E com um PARABÉNS para minha querida afilhadinha Isadora!

terça-feira, 11 de março de 2008

Cavaleiros que dizem Ekki-Ekki-Ekki-Ekki-PTANG. Zoom-Boing. Z'nourrwringmm

Imagem conseguida no site SoundtrackCollector


O senso de humor britânico mostrado em filmes é algo muito peculiar. Eles fazem bem tanto humor pastelão ("Mr. Bean"), quanto humor fino e inteligente ("Quatro Casamentos e um Funeral", "Para o resto de nossas vidas", "Um lugar chamado Notting Hill") e quanto humor non-sense! E dentro dessa linha de humor é impossível não falar sobre uma trupe de lunáticos que cometeu a deliciosa heresia de brincar com uma das lendas mais clássicas de todos os tempos (e a qual é uma das fundamentações históricas da Grã-Bretanha). Estou falando do grupo Monty Python e a comédia "Monty Python e o Cálice Sagrado" de 1975.

A palavra de ordem é... desordem! Desconstruir a lenda do Rei Arthur, mostrando seus cavaleiros e o próprio monarca, em busca do Santo Graal, ordem emitida por Deus em pessoa, aliás, em Divindade (numa das cenas de efeitos especiais mais non-sense da história do cinema!), foi uma grande ousadia do grupo formado por Graham Chapman, John Cleese, Eric Idle, Terry Gilliam, Terry Jones e Michael Palin. Cada um do grupo interpreta vários personages durante o filme. E a integração entre eles é tão bacana que fica difícil de imaginar que eles tenham tido crises criativas e grande brigas durante a produção. Veja quem era quem na Távola Redonda:

Graham Chapman ... Rei Arthur
John Cleese ... Sir Lancelot - o Bravo
Eric Idle ... Sir Robin - o Não-tão-bravo-quanto-Sir-Launcelot
Terry Gilliam ... Sir Bors
Terry Jones ... Sir Bedevere
Michael Palin ... Sir Galahad - o Puro


Imagem conseguida no site Sacred-Texts


É impressionante ver como as cenas funcionam, mesmo que aparentemente não faça nenhum sentido a ligação entre elas. Se em alguns momentos a história se perde, o mesmo não se pode dizer das piadas: em sua grande maioria até hoje elas se mantém engraçadas, seja pelas gags visuais, seja pelo apelo que o grupo tem em nos fazer embarcar nessa louca jornada. Jornada essa que tem de tudo: desde bruxas sendo queimadas, passando por Cavaleiros da Floresta, guardas franceses, Pontes da Morte, cavaleiros cantores, bestas mortais e uma Inglaterra como nunca se viu.

Curiosamente, algumas piadas surgiram pela necessidade de cortes no orçamento do filme. Por exemplo, como não tinham dinheiro para alugar cavalos, cada cavaleiro é "seguido" por um fiel escudeiro que fica batendo duas cuias de côco imitando o barulho do galope dos cavalos. E que tal o desenho animado da terrível Besta de Aaaaauuuugggggghhh?

O trecho da Ponte da Morte é o meu favorito! Neste momento os valente heróis devem atravessar um precipício, só que para cruzar a ponte, eles devem responder três perguntas terrivelmente difíceis.

Guardião da Ponte: Pare! Quem pela Ponte da Morte passar, três perguntas deve acertar para ao outro lado chegar!
Sir Lancelot: Pois, faça as perguntas, Guardião da Ponte! Eu não tenho medo!
Guardião da Ponte: Qual... é seu nome?
Sir Lancelot: Meu nome é Sir Lancelot de Camelot.
Guardião da Ponte: Qual... é a sua missão?
Sir Lancelot: Encontrar o Cálice Sagrado!
Guardião da Ponte: Qual... é a sua cor favorita?
Sir Lancelot: Azul.
Guardião da Ponte: Pode passar. Livre pra continuar.

É claro que não vou entregar o resto da piada, mas para constar algumas das perguntas feitas pelo Guardião são: "Qual... é a capital da Assíria?" e "Qual... a velocidade das andorinhas no vôo de acasalamento?"
Alguém se aventurava a responder? ;)

Ni! Ni! Ni! Ni!

Imagem conseguida no site Sacred-Texts

segunda-feira, 10 de março de 2008

Morcegos me mordam!

Imagem conseguida no site Omelete


E eis que 2008 promete! Depois de ver a franquia "Batman" naufragar nas bilheterias em 1997 (num mar de gelo derretido após o fiasco de "Batman e 'ahhh...eu tô maluco' Robin" - com George Clooney, Chris O'Donnel, Uma Thurman e Arnold Schwarzenegger), eu e tantos fãs do Homem-Morcego fomos brindados, em 2005, com a reinvenção da franquia através das mãos do diretor e roteirista Chistopher Nolan (que assinou os também ótimos "Amnésia" e "O Grande Truque"). O filme "Batman Begins", recontou o início da história do Homem-Morcego, dando um tom mais realista ao personagem e mostrando uma Gothan City como nunca vimos.

Agora, é hora de saber o que ocorreu com a cidade de Gothan após os eventos do primeiro filme. E é essa história que "The Dark Knight - O Cavaleiro das Trevas" vai contar. Com o título inspirado numa das minisséries em quadrinhos mais famosas que abordaram o universo Batman (assinada por Frank Miller), o filme vai mostrar a relação entre justiça (no papel do Promotor-público Harvey Dent - interpretado por Aaron Eckhart) e justiceiro (Batman, novamente interpretado por Christian Bale) e a desses dois com o crime organizado (o mafioso Salvatore Maroni, interpretado por Eric Roberts) e a insanidade em pessoa (o aguardadíssimo Coringa, interpretado por Heath Ledger - ator que faleceu recentemente).

Pelas fotos de produção, já dá para ter um gostinho do que será o filme e de que vale a pena esperar...

Imagem conseguida no site Omelete

sexta-feira, 7 de março de 2008

"Billie Jean is not my lover"... mas eu queria que fosse minha irmã!

Imagem conseguida no site MovieGoods


Quando vi pela primeira vez "A Lenda de Billie Jean" numa Sessão da Tarde qualquer, fiquei encantado com a personagem título, interpretada por Helen Slater. O que o filme tem de especial? Tudo! Num mundo onde todo mundo quer levar vantagem, a única coisa que Billie Jean Davy quer, é justiça. E como isso ela acaba se tornando uma guerreira com uma pequena legião de seguidores aos 17 anos! Em sua 'pequena cruzada' Billie Jean nos envolve em uma história que é engraçada e com muita aventura. O tipo de filme clássico da década de 80.

O filme tem ainda Christian Slater que, apesar da coincidência de sobrenome artístico (seu nome real é Christian Michael Leonard Hawkins) e de interprtear o irmão de Helen Slater (cujo nome real é Helen Rachel Schlacter), não tem nenhum parentesco com ela na vida real. Seu personagem, Binx, é o estompim da história já que, por causa dele, a menina que vive num trailer vai se tornar uma heroína em nível nacional. O espírito combativo dos dois, e a determinação pela qual Billie Jean luta para defender o que acredita me fez querer ter Helen Slater como irmã mais velha!

Além da dupla, o filme ainda tem participações de Keith Gordon (que estreou alguns bons filmes nos anos 80 - "Vestida para Matar", "Christine - o carro assassino", "Devolta às aulas" - e que hoje atua somente como diretor) como um garoto rico e entediado que se envolve com Billie Jean e seus amigos, Yardley Smith (que dubla Lisa Simpson na versão em inglês do desenho "Os Simspsons") interpretando Putter uma das amigas de Billie Jean e que tem alguns dos melhores diálogos do filme, e Peter Coyote (que esteve em uma dezena de filmes bacanas entre eles "E.T. - O Extraterrestre" e "Que sorte danada! e no polêmico "Lua de Fel") como um delegado encarregado de resolver a situação.

Para quem não assistiu este filme, ou não se lembra, a história é a seguinte: Billie Jean e Binx são irmãos que vivem com a mãe num 'camping', que, após terem sua moto danificada por um filhinho de papai, acabam se metendo numa encrenca ao tentar cobrar do pai do rapaz o dinheiro para o conserto da moto. É nessa hora em que o filme mostra a que veio: Billie Jean tem 17 anos e, para a polícia, é a palavra dela contra a do pai do rapaz, que acabou sendo baleado na confusão. Billie Jean, Binx, Putter e Ophelia (Martha Gehman, dos filmes "Três Formas de Amar" e "Da Magia à Sedução") saem então pelos Estados Unidos como fugitivos e em busca de justiça: que para Billie Jean siginfica U$608 e um pedido de desculpas.

A duas tag lines que foram usadas nos cartazes de divulgação do filme eram emblemáticas: "When you're seventeen, people think they can do anything to you. Billie Jean is about to prove them wrong" (Quando se tem 17 anos, as pessoas acham que podem fazer qualquer coisa contra você. Billie Jean vai provar que eles estão errados) e "The last thing she ever expected was to become a hero" (A última coisa que ela poderia imaginar era se tornar uma heroína).

quinta-feira, 6 de março de 2008

Promessa para 2008

Imagem conseguida no site Omelete


Estou no maior suspense para assistir ao novo filme do arqueólogo! Indiana Jones é um ícone do cinema e um exemplar de uma franquia que, em três filmes, deu uma roupagem toda especial ao cinema-aventura. Foram três filmes que marcaram época:

1) "Os Caçadores da Arca-Perdida" - o professor-arqueólogo tem que evitar que um grupo de inexcrupulosos cientistas se apropiem dos segredos contidos na Arca da Aliança (biblicamente, onde Moisés guardou as tábuas originais com os 10 Mandamentos) e o qual contém uma das cenas mais emblemáticas de toda a série, quando ao retirar um artefato de seu pedestal o Herói é perseguido por uma bola de pedra gigantesca.

2) "Indiana Jones e o Templo da Perdição" - na Índia, para ajudar uma aldeia 'amaldiçoada', Indy precisa resgatar uma pedra que foi roubada por um grupo satânico. Destaque para a cena do jantar com iguarias finíssimas: filhotes de cobra, cérebro de macaco etc... X-Nema também é culinária! Curiosidade: foi com esse filme que Steven Spilberg, o diretor, conheceu sua atual esposa Kate Capshaw (a loiraça, Willie).

3) "Indiana Jones e a Última Cruzada" - considerado por vários fãs como o melhor filme da trilogia. Na história Indy é obrigado a confrontar seu pai (o também arqueólogo Henry Jones - interpretado brilhantemente por Sean Connery) enquanto os dois lutam para impedir que os nazistas consigam localizar o Santo Graal. Uma das cenas mais engraçadas é o breve encontro entre Indy e - ninguém mais, ninguém menos - Adolph Hittler. Uma pequena pérola em meio ao grande tesouro que é o filme.

O nova incursão do arqueólogo no cinema será o filme "Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal" e, apesar do nome "a la Xuxa", é um filme que promete muito! Estamos no aguardo...

quarta-feira, 5 de março de 2008

Comédia inteligente

Pense numa comédia despretensiosa, inteligente e muito divertida. Se você pensou em "Juno", meus parabéns: você assistiu a um dos filmes mais bacanas dos últimos tempos. De uns tempos para cá, sempre uma comédia inteligente tem tomado as telas de cinema de assalto e cativado público e crítica. Eles lançam o filme como quem não quer nada, alguns até fazem um marketing leve em cima dos filmes e de repente BOOM o filme se torna sucesso graças a propaganda feita pelos próprios espectadores e isso alavanca as campanhas de marketing mais fortes. Resultado? Sucesso, e muito merecido!


Imagem conseguida no Blogy* do Mans


Foi assim com a grande surpresa de 2007 "Pequena Miss Sunshine" e agora ocorre novamente com "Juno". Muita gente tem comparado o sucesso dos dois filmes e, no fundo, é uma comparação justa no que se refere à relação de custo-benefício: são filmes com orçamento baixo em relação aos mega-blokbusters hollywoodyanos, mas que renderam muitíssimo bem nas bilheterias, novamente graças ao público que se encarregou de divulgar os filmes. Outro ponto em comum é o roteiro inteligente, cativante, com atores afiadíssimos (atores mesmo e não "astros e estrelas de ego inflado") e que foge dos clichês de forma interessante.


"Juno" tinha tudo para ser um dramalhão ou uma comédia adolescente bobinha. A história é simples: uma garota de 16 anos descobre que está grávida e tem que decidir como lidar com isso. O que muitos roteiristas levariam horas para contar, em "Juno" é dito logo no começo da história, ou seja, o filme não perde tempo e já nos apresenta logo a decisão que a garota tomou e como isso afeta a vida dela e de todos a que a cercam. Não é um filme moralista, nem que se propõe a resolver todas as questões sobre "direito à vida" e "gravidez adolescente". É algo humano, sincero e muito, muito divertido.


O destaque do roteiro está nos diálogos rápidos, diretos e marcantes ditos pelos personagens de forma tão natural que é como se estivéssemos vendo uma conversa real, sem textos decorados nem frases feitas, mas nem por isso menos interessante ou vulgar. São diálogos inteligentes, nunca forçados. Diablo Cody (que ganhou o Oscar de Melhor Roteiro Original) estava inspiradíssima quando resolveu contar essa história. E quando tudo nos leva a crer que teremos clichês à vista, Cody supreende, com a segurança enorme de quem sabe o que está fazendo, nos enganando sobre os rumos da história e conduzindo a trama em um sentido bem fora do comum, provando que há formas interessantes de se contar história sem apelar para o óbvio.


O elenco está impecável. Ellen Page foi merecidamente indicada ao Oscar. A atriz canadense fez de Juno MacGuff uma personagem carismática e que pode vir a se tornar um ícone do cinema adolesecente. Allison Janney (de "10 Coisas que eu Odeio em Você" e "As Horas") e J.K. Simmons (o JJ Jamerson de "Homem-Aranha") como a madrasta e o pai de Juno estão fabulosos e nos brindam com atuações excelentes e uma precisão fenomenal nos diálogos. Michael Cera também tem uma atuação inspiradíssima como o pai do bebê que assiste a tudo como um mero coadjuvante e que tem alguns dos momentos mais doces do filme ao lado de Ellen. Jennifer Garner (do seriado "Alias") e Jason Bateman( do filme "O ex-namorado da minha namorada") interpretam um casal que acompanha a gravidez de Juno e Olivia Thirlby (do filme "Vôo 93") interpreta sua melhor amiga, Leah.


Imagens conseguidas no site IMDB.com


Conclusão: tudo neste filme funciona em favor da história. "Juno" é um filme apaixonante desde os fantásticos créditos de abertura. Que Diablo Cody nos brinde com mais histórias bacanas e que os produtores Hollywood entendam que não é preciso muito para fazer um filme ser engraçado: basta um pouco de criatividade e não apelar apenas para piadas grotescas.

segunda-feira, 3 de março de 2008

Quão perto você deixa alguém se aproximar?

Tem um ditado que diz "se olhar de perto, vê-se que ninguém é normal". A questão é: quão perto você deixa alguém se aproximar e ver sua verdadeira natureza? Revendo esses dias o filme "Closer - perto demais" comecei a me questionar sobre a razão que move a pessoas em sua busca por amor e carinho e sobre o quanto cada um está disposto a revelar de si próprio para quem se aproxima.


Imagem conseguida no site IMDB.com


Assisti a este filme em Vila Velha, e, na época disse, "é fácil de perceber que este filme não é americano". E ainda hoje mantenho minha opinião. Os ingleses parecem ter uma sensibilidade maior para tratar de relações humanas em seus filmes. Desde que assisti "Quatro Casamentos e um Funeral" e "Para o Resto de Nossas Vidas", me tornei fã dos filmes britânicos. Ambos foram comédias que discutiam relacionamentos sem cair na fórmula maniqueísta da grande maioria dos filmes americanos que mostram personagens rasos e previsíveis. Não é a toa que no filme de Mike Nichols as duas personagens femininas são americanas, mostrando em contraposição que a 'mulher bem sucedida e solitária' e a 'menina misteriosa e sedutora' são mais complexas quando vistas 'mais de perto'. O interessante do filme é apresentar uma história que não é 'mastigada' ou previsível, por mais que possamos adivinhar o que vai acontecer com os personagens durante a trama, isso soa como algo natural pelo desenrolar da história e não como clichê.

"Closer - Perto demais" não conta algo inovador, não inventa um tema novo nem cria debates sobre fidelidade, companheirismo e paixão. O mérito do filme é nos mostrar pessoas "reais" envolvidos em situações reais. Vai ser difícil encontrar pessoas que não se identifiquem com a história (ou que nunca tenham dito nenhuma daquelas frases declamadas pelos personagens, ou outras tantas que são ditas diariamente e que servem como fermento das relações a dois). O filme não se propõe a ser um estudo sobre o íntimo de seus personagens e, no entanto, é tão sincero ao mostrar como um relacionamento pode ser afetado por determinadas situações que é como se conhecessemos cada sonho, cada pensamento de cada um dos personagens baseado apenas em suas reações ante tais situações.

O elenco está afinadíssimo: Clive Owen é o homem moderno, estudado mas que mantém sua essência ancestral de predador. Chega ao ponto de ser egoísta e narcisista, dando a impressão de ser rude e cruel. Abalado por suas paixões, ele personifica o chamado "homem retro-sexual" sedutor e canalha, mas que demonstra uma sensibilidade (a sua maneira, é claro!) quando sua vida é atravessada por mulheres que despertem nele uma auto-compaixão e a necessidade de estar com alguém. No outro lado da moeda, está Jude Law: o homem sensível, que quer sempre saber tudo que se passa mas que ignora a realidade em favor de seus desejos. Hedonista, emocionalmente imaturo mas ainda assim, guerreiro e ousado. Ele luta pelo que quer, mas chora ao perder. Não consegue entender o que se passa e nem consegue manter-se em uma relação mais duradoura pois quando algo o incomoda ele perde a noção de si próprio e entra em uma paranóia que acaba detonando tudo o que construiu.

Imagem conseguida no site IMDB.com


No time feminindo temos Julia Roberts como uma mulher independente, mas que não encontrou a realização afetiva e se envolve com homens em busca de entender a si própria e como forma de preencher a solidão que a atormenta após as horas de trabalho. É emocionalmente frágil e não consegue decidir qual a melhor opção a seguir, pois sente a brutal necessidade de estar com alguém. Já Natalie Portman é a mulher moderna, independente e que não se apega. Ela faz o tipo que se apaixona e depois é capaz de sumir com um estalar de dedos. Mas no fundo é uma menina em busca de si própria e que deixa de gostar de alguém com a mesma facilidade com que se apaixona, porém não pára de buscar sua felicidade. Quando confrontada com o lado ruim de suas paixões, ela se desliga e some em busca de um novo amor, de uma nova vida, de uma nova razão para amar...

Mesmo com essas definições, cada uma destas pessoas é mais complexa do que aparenta. Elas nunca se revelam por completo e nem sempre seus olhos mostram exatamente o que suas bocas estão dizendo. Há algo escondido nos olhares perdidos, nos gestos subentendidos, nas frases às vezes vãs. E quanto mais nos aproximamos deles, vemos novas nuances e surpresas mostrando a complexidade que envolve os sentimentos humanos. São personagens que, em sua essência, são complementares uns aos outros. Acreditam que comandam suas vidas quando, no entanto, estão se deixando levar pelas situações e tendo seus destinos decididos através das decisões alheias. "Closer - perto demais" não é um filme que vai agradar a todas as audiências, mas que vai deixar todos pensando sobre sua história, independente de terem gostado ou não do filme.

Finalizo com uma das 'tag lines' que foram utilizadas para o cartaz do filme: "If you believe in love at first sight, you never stop looking" ("Se você acredita em amor a primeira vista, você nunca pára de procurar" - tradução livre).

sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

Transfã assumido

Foto tirada na Transcon 2007


Todo mundo que se diz fã de alguma coisa sabe o quanto é gostoso a sensação de estar diante daquilo que te faz querer cometer pequenas loucuras em nome de uma paixão. Alguns são fãs de artistas, de esportes, de brinquedos enfim... tem fã pra tudo!

Como não sou muito diferente, eu também tenho minhas "fãzices": Computação Gráfica, cinema, efeitos especiais e... TRANSFORMERS!!!! E quando essas paixões se juntam num filmaço é muito, muito gratificante.

Sou fã do desenho desde que era garotinho. Quando me lembro que assisti a estréia do desenho no Brasil (lá em meados de 1985) fico com uma sensação de nostalgia imensa. Tenho alguns Episódios gravados em VHS (alguns cortesia de um amigão, Igor), tenho algumas das HQs (compradas, em sua maioria, em sebos de revistas) e até episódios baixados pelo YouTube. E para quem é fã dos "robôs que se disfarçam" e que são "mais do que aparentam aos olhos", existe até nome: Transfã.

Desde que ouvi os primeiros rumores sobre a produção do filme, fiquei empolgadaço com a idéia de ver meus brinquedos favoritos na tela grande. Como todo fã passei alguns preocupações ao ver que o visual dos personagens não era bem como eu os conhecia (hoje entendo a razão real disso!) e fiquei com medo de que estragassem um conceito tão bacana com um filmeco caça-níqueis. Como eu estava enganado e que surpresa deliciosa foi assistir o filme (ainda mais em companhia de pessoas fantásticas - algumas que nem eram fãs e curtiram e vibraram tanto quanto eu).

Imagem conseguida no site Cinema com Rapadura


Abaixo vou transcrever parte do texto que enviei a um grupo de amigos (Família ZEP Movies), no ano passado, comentando o filme e já com algumas 'atualizações'.

Galera: eu esperei 22 anos para ver esse filme. É sério! Eu assisti Transformers quando o desenho estreou na Globo, em 85, e foi paixão à primeira vista! Eu simplesmente amo esse universo como um todo.

Imagem conseguida no site Unicron


Dos desenhos, parti para as HQs, tive alguns dos brinquedos (nunca os originais do desenho que só começaram a sair por aqui oficialmente anos depois, e que eram caríssimos). Mas, não me importava, afinal, Transformers era mais que os brinquedos: era imaginação! Quando soube que haviam planos para fazer o filme me tornei um 'caçador' de notícias na Web. Queria saber cada passo, cada detalhe, conhecer tudo sobre a produção. Como todo fã, fiquei muito preocupado com o rumo da história, com a qualidade do roteiro, com o tratamento dos personagens e, acima de tudo, com o visual dos mesmos.

Imagem conseguida no site Unicron


Sempre critiquei a galera que era excessivamente purista (e que queria ver na tela exatamente o que eles viam nos quadrinhos ou nos desenhos ou nos livros, ou seja, no material de referência da história). Então quando eu via algum 'doido' condenando o Bryan Singer ao Mármore do Inferno pq os uniformes dos X-Men eram pretos (e não aquelas peças colantes coloridas) eu achava muito exagero. Mas, para minha surpresa, me vi da mesma forma quando começaram a sair os primeiros desenhos de produção dos robôs dos Transformers. É claro que eu não esperava um Megatron que virasse uma pistola que coubesse na mão de uma pessoa (a não ser que o Megatron tivesse menos de um metro de altura - o que seria trágico para o filme e 'quase perfeito' para os puristas já que ele manteria sua forma do desenho original). O lance do filme foi traduzir para o mundo real um ambiente fantasia. Ou seja, leis da física tinham que ser respeitadas. Por exemplo, sabemos que o tamanho de um carro esportivo (como um Camaro ou um Pontiac) é muito inferior ao tamanho de um tanque ou de um Caça F-22. Eis que no filme vemos que há uma diferença sensível na altura dos Autobots e dos Decepticons. De qualquer forma, respeitando, é claro, a física, fiquei muito assustado com o visual dos robôs (todos, no desenho, eram bem quadradinhos e bem definidos - mas que tinhas 'peças' que voavam durante algumas das transformações, pneus que surgiam do 'nada' e etc). Mesmo sendo irreal, era o que eu esperava quando soube do filme e me assustei com os desenhos que via na Net. Hoje eu concordo que, se tivessem adotado o visual do desenho, poderia ficar parecendo um filme dos Power Rangers".

Imagens conseguidas nos sites 3DBlasphemy e Cinema com Rapadura, respectivamente.


Para minha surpresa, rapidamente, me acostumei com as imagens e, ao ver os trailers e spots de TV me tornei apaixonado por aqueles designs. E comecei a ficar doido pelo material de divulgação. Nesse momento comecei a temer pela história. O visual estava ficando excepcional, os trailers eram de tirar o fôlego, estava alucinante assistir incontáveis vezes em busca de novas pistas, novos detalhes. Mas, comecei a acreditar que o roteiro seria babaca a ponto de se tornar um fiasco, afinal todos falavam que "o filme tinha que ser humano" e "a história não é sobre uma guerra mas sobre um garoto e seu carro". Entre outras coisas... Fiquei muito, muito apreensivo, mas curava minha ansiedade com os trailers e as cenas de ação que conseguia ver nos spots.

Enfim, o filme estreou. Gostei. Aliás, gostei muito! Na verdade, eu ADOREI, AMEI o filme. Levando em consideração que era um filme do Michael Bay, nem ele conseguiu estragar meu prazer de ver esse filme. Minhas expectativas foram superadas. Primeiro pq o foco da ação não era na 'lenga-lenga melo-romantica' (cara, eu juro que se o foco da história fosse a relação entre o Sam e a Mikaela - efeito Titanic - eu surtava) nem nas cenas 'bullet-time' de Matrix. Isso levando em consideração que, quando anunciaram a data de estréia do filme, não havia sequer um roteiro escrito! O filme quase saiu a toque-de-caixa. E observando a qualidade gráfica (direção de arte, efeitos especiais e uma fotografia com bons momentos - mas não todos!) é de se estranhar que o mesmo tenha utilizado metade do orçamento de outras grandes produções como "Homem-Aranha 3" e "Piratas do Caribe - No fim do Mundo".

Havia um contexto por trás dos efeitos fabulosamente trabalhados, e sei que muitos de vocês vão discordar de mim, mas eu vi nexo na história e no roteiro. E não me senti 'ofendido' nem 'chamado de idiota'. A história dos Transformers é muito simples nos desenhos: não há nada de muito dramático ou complexo. É quase maniqueísta: o grupo do mal é 100% mal e quer destruir o grupo do bem e tudo que estiver pela frente. O grupo do bem quer defender tudo e todos a qualquer custo. Vamos levar em consideração um detalhe: Eles são robôs!!! Lógica binária não tem meio termo: ou é bom ou é ruim, Ou quente ou frio - não tem morno! Os Decepticons são programados para detonar tudo que estiver pela frente em busca dos seus objetivos. Os Autobots são programados para proteger e servir. É a essência deles. E o próprio desenho é assim. Inclusive, o lado Cõmico do roteiro foi totalmente retirado dos desenhos: para quem assistia, é fácil lembrar, mas os robôs soltam piadinhas o tempo todo. Fazem auto-paródias, tiram sarro uns com os outros e até adquirem maneirismos dos humanos (eles são organismos inteligentes!). Nesse aspecto o filme é absurdamente fantástico. O bacana, também é ver os robôs lidando com sua própria forma em meio aos humanos: písar numa fonte e quebrá-la, tomar choque em cabos de alta-tensão (e adorar isso... hehehe), bancar os toscos ao ver a reação dos pais e do cachorro. Mesmo com tudo que se lê na WWW, nem tudo se aprende na frente do micro: tem que vivenciar a situação para entender. Lembrando que é um filme para todos os públicos, então mesmo nas cenas mais dramáticas tem que rolar piadinhas para agradar a MPAA, a associação de críticos, os adolescentes bobocas, os nerds, os fãs e o público em geral (aqui eu não sei se estou na categortia dos nerds, dos fãs ou do público hehehehehe)

É óbvio que, se a base do filme fossem os quadrinhos, teríamos um filme completamente diferente: os robôs nos quadrinhos são frios (mesmo os Autobots) e tem uma dificuldade grande de se relacionar com os seres humanos - por mais que alguns os protejam, os humanos tratam todos os robôs como uma ameaça, e os atacam sem dó nem piedade, na tentativa de desativá-los. As histórias em quadrinhos tinham um fundo menos engraçado e, inclusive, as lutas eram muito mais violentas (com metal retorcido por todos os lados). Claro que haviam humanos que diferenciavam uns dos outros, mas era o mínimo. Tanto que algo parecido com o "Sector 7", mostrado no filme, era nos quadrinhos chamado de TAAR (Time Anti-ROBô de Ataques Rápidos). Normalmente as baixas sempre eram do lado dos Autobots que eram detonados pelo TAAR tentando proteger os humanos. E falando nos humanos, achei ótimo o trabalho de Shia LaBouf. Carisma, timing cômico e uma cara de nerd assustado que criou o melhor personagem humano do filme! As cenas entre ele e os pais são ótimas!

Como foi feito antes das duas sequências de Matrix, a onda agora é contar uma história multimídia, ou seja, o filme sozinho se vende, mas para entender mais sobre a história foi lançado um material 'extra' do filme em quadrinhos (como se fosse um 'prequel') explicando muita coisa até o ponto em que o filme começa. Como vivemos no Brasil, obviamente, as 4 edições dessa minissérie em quadrinhos não chegaram aqui antes do filme estrear.

Conclusão: como Transfã assumido, fiquei muito satisfeito com a película. Tenho uns pontos que não concordo e cenas que, para mim, faltou alguma coisa (como por exemplo, uma cena em meio a batalha, onde os Autobots são sumariamente atacados e ao final da mesma, o Jazz continua em seu modo carro... nada a ver!), mas no geral foi um filme que me empolgou e me faz esperar ansiosamente pelo segundo. Comprei o DVD (edição especial com 2 Discos, é claro!) e assim que conseguir assistir os Extras, quero comentá-los aqui no X-nema.

Fim do Post de hoje! Falei demaaaaaaaaaaaaaaaaais...

Imagem que eu fiz para papel de parede com base nas fotos de divulgação do filme. Para ver as originais procure no Omelete

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

Há um ano...

... eu comecei este Blog. Sem nenhuma surpresa para mim, acabei deixando-o abandonado literalmente. Digo que para mim não foi surpresa pois, esta era a enésima tentativa de começar a "blogar". Bastou juntar estudos, com trabalho, com esgotamento e pronto: mais um blog era deixado de lado. O refrão "another one bites the dust" do Queen não me saiu da cabeça nesse período de 'abandono'.

Então, após algumas pessoas muito queridas ficarem me perguntando sobre quando iria voltar a Blogar, resolvi que era hora de dar uma nova chance a essa maravilha que é a "liberdade de expressão" na Internet. E aqui estamos nós, recomeçando!

Não estou prometendo uma periodicidade. Por mais que eu queira, sei que, enquanto eu não acertar algumas velhas pendências minhas com minha vida profissional e afetiva, não vou conseguir manter-me constante na escrita. Mas, o importante é tentar, certo?

Então, dito isso, estou re-inaugurando o X-nema, mas com um foco diferenciado. Aqui não vou falar apenas sobre lançamentos, mas vou falar sobre essa grande salada que é a vida, minha vida em particular. Claro que sempre vou procurar relacionar aos fimes... mesmo porque o Cinema é uma das maiores paixões que eu tenho.

Então, vamos a um breve retrospecto: o X-Nema começou com uma gafe muito feia! O bonitão aqui, cuja mente é mais rápida no pensamento do que os dedos são para digitar, em seu primeiro post chamou, descaradamente, o cinema de "oitava arte". Putz! Até recebi comentários corrigindo meu erro. E foi erro mesmo! Não tem desculpa, nem justificativa. Errei.

O lance é que na hora de escrever a idéia era fazer uma alusão às 7 maravilhas do mundo, colocando o cinema como a Oitava Maravilha (um exagero de cinéfilo), e finalizar chamando o cinema de Sétima Arte. O que saiu foi a lambança de dizer que o cinema é a oitava arte... Mico total! Mas que já foi corrigido! Agradeço ao JJ e ao Kill pela "chamada de atenção".

Passada a sessão "falha nossa", voltamos a nossa programação normal. O X-nema está de volta ao ar. Pretendo agora, quando não puder postar algo novo, resgatar alguns dos textos que eu mandei para um grupo de discussão sobre cinema, onde conheci pessoas maravilhosas. E reforçando a idéia, não vou falar apenas de filmes, mas da vida como um todo.

Para finalizar, o lema para 2008: Juízo... nenhum!